Pavimentos Industriais de Concreto Armado
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- ações permanentes (ex.: apoio de mezaninos): 1,5;
- ações variáveis (ex.: empilhadeiras): 1,5;
- ações variáveis sujeitas à vibrações (ex.: empilhadeiras): 1,6.
- estado limite de utilização (coeficientes de majoração das ações):
- para quaisquer tipos de carregamentos: 1,0.
5.4 Tensões de Empenamento
Todos os métodos de dimensionamento citam, dentre os esforços atuantes, aqueles produzidos
pelo empenamento das placas de concreto, mas são raros os que fornecem alguma diretriz de
como considerá-lo.
Na verdade, essa consideração, de fato, não é fácil, pois quando determinamos a tensão causada
pelo empenamento térmico em placas de bordas livres, percebemos que ela é pequena, raramente
ultrapassando 25% da tensão admissível do concreto.
Obviamente que quando ocorre uma carga de canto livre, a tensão gerada tem o mesmo sinal da
de empenamento e elas serão aditivas, mas quando empregamos barras de transferência, esta
situação não ocorre ou no mínimo este efeito será bem menor.
Não podemos esquecer que, com raras exceções, os pisos são dimensionados para cargas cen-
trais e o esforço de borda livre é cerca de 70% maior que esse. Entretanto, sempre que ocorre uma
fissura de canto, ela é, muitas vezes erroneamente, creditada ao empenamento. No sentido de
aclarar essa questão fundamental, é conveniente estudar esse fenômeno um pouco mais a fundo.
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que todas as placas de concreto estão sujeitas ao empe-
namento, sejam elas finas, grossas, armadas, protendidas, ligadas a uma estrutura ou apoiadas em
base elástica e isso ocorre sempre que há uma diferença de temperatura ou de umidade entre as
faces inferior ou superior.
Nos pavimentos industriais ela é mais evidente por conta das maiores diferenças termo-higrométri-
cas que ocorrem, por exemplo, durante o dia ou à noite
figura
5.10.
Figura
5.10: Empenamento da placa de concreto
Breadbury
estudou bastante este tema e estabeleceu expressões para o cálculo das tensões tanto
para placas de comprimento infinito como para as de comprimento finito.
Adotando o plano cartesiano como referência, a tensão é zero nas bordas e vai crescendo a medida
que se afasta delas, sendo que no interior da placa ela será produto da soma vetorial das tensões
Cx
(eixo
x)
e
Cy
(eixo
y).