Pavimentos Industriais de Concreto Armado
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onde:
c
é a carga admissível em kN/m
2
;
σ
adn
é a tensão admissível em MPa (f
ctM.k
);
h
é a espessura do concreto em cm;
k
é o coeficiente de recalque, em MPa/m.
Como geralmente têm-se como objetivo a não fissuração da face superior do piso, quer por pro-
blemas de durabilidade como de estética, é comum trabalhar apenas com a seção resistente do
concreto, sem a colaboração de reforços estruturais. Nesse quesito, a utilização desse modelo é
bastante prática.
Outra ação que deve ser considerada é a deformação plástica do terreno de fundação sob ação de
cargas permanentes ou de elevada duração, caso típico do carregamento aqui tratado, mas que
foge do escopo deste trabalho.
Cargas elevadas, por exemplo, acima de 7 tf/m
2
deveriam ser analisadas sob este ângulo, prefe-
rencialmente com a consultoria de engenheiro geotécnico. Embora os esforços de carga pontual
sejam determinantes no dimensionamento de pavimentos industriais, é sempre importante verificar,
no caso de estanterias, a ação do carregamento em camadas abaixo do subleito, considerando o
carregamento uniformemente distribuído.
5.3.3 Dimensionamento para Cargas de Montantes
As cargas oriundas de montantes de prateleiras geram cargas pontuais a serem suportadas pelo
piso e que, por estarem muito próximas, influenciam-se entre si. Como resultado tem-se a geração
de momentos positivos (parte inferior da placa). Estas cargas formam um padrão, conforme apre-
sentado na
figura
5.9
.
Para o dimensionamento do piso são necessários os seguintes dados:
- espaçamento entre os montantes
x
, em metros, que é a menor distância entre eles;
- espaçamento entre montantes
y
, em metros, que é a maior distância entre eles;
- distância
z
, em metros, entre duas prateleiras adjacentes;
- área de contato
A
da placa de apoio dos montantes;
- carga do montante,
P
, em
N
;
- coeficiente de recalque do subleito ou sub-base, em MPa/m.
Nota
1:
as dimensões de apoio da área de contato devem ser compatíveis com as da coluna do
porta-paletes.
Nota
2:
a área de contato
A
deve ser suficientemente grande para que a tensão de contato não
supere 4,2 vezes o módulo de ruptura, para cargas no interior da placa, e 2,1 vezes para cargas
nas bordas ou cantos. A observância deste critério conduz geralmente as tensões de cisalhamento
compatíveis com o concreto empregado.