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Portanto, a primeira premissa para que isso ocorra é que pelo menos metade da barra esteja com
graxa ou outro desmoldante, para impedir a aderência ao concreto; a prática de enrolar papel de
embalagens de cimento, lona plástica ou mesmo a colocação de mangueira na barra é prejudicial
aos mecanismos de transferência de carga, pois acabam formando vazios entre o aço e o concreto,
devendo ser evitada.
Em segundo lugar, o conjunto de barras deve estar paralelo entre si, tanto no plano vertical como
horizontal, e concomitantemente ao eixo da placa. Nas juntas serradas, as barras de transferência
deverão ser posicionadas exclusivamente com o auxílio de espaçadores, que deverão possuir dis-
positivos de fixação que garantam o paralelismo citado.
Nesses casos, recomenda-se que toda a barra esteja lubrificada, permitindo que, mesmo que ocor-
ra um desvio no posicionamento do corte, a junta trabalhe adequadamente.
Nas juntas de construção ou de encontro, as barras devem ser fixadas também às formas, mas não
se pode preterir os espaçadores. É bastante comum encontrar em obras barras de transferência
que não foram fixadas com dispositivos auxiliares, mas apenas apoiadas na forma. Com a concre-
tagem, fogem completamente do paralelismo necessário e nem sempre o diâmetro elevado permite
um bom realinhamento. A técnica de alinhar as barras manualmente logo após o lançamento do
concreto é válida.