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Em geral, a capacidade de suporte dessas misturas irá variar em função do teor de finos
4
, pois
quando ele é muito baixo, ocorrem muitos vazios na mistura, cuja estabilidade depende exclusiva-
mente do contato entre partículas; a medida que o teor de finos aumenta, tanto a massa específica
seca e o
CBR
aumentam, até que, em determinado ponto, as partículas maiores perdem o contato
entre si, passando a flutuar nas partículas finas, levando a um decréscimo tanto da massa específica
seca como do
CBR
.
É interessante notar que os máximos das duas propriedades citadas não são coincidentes no teor
de finos da mistura, sendo que o do
CBR
é obtido com teor ligeiramente mais baixo.
Para o efeito de apenas reduzir a plasticidade do subleito, normalmente não são respeitadas curvas
granulométricas com muita rigidez, pois adições de brita - normalmente se emprega a bica corrida
5
- sempre elevará a capacidade de suporte do subleito, sendo frequentemente empregados teores
que variam entre 30% e 50%. O solo-brita pode ser empregado também com sucesso para o con-
trole de solos siltosos expansivos.
e – auxilio à drenagem subsuperficial
Embora não seja uma função primária da sub-base, é um recurso possível no caso da necessidade
de drenagem do subleito. Neste caso o projeto do piso pode interagir junto com o projeto de drena-
gem, proporcionando uma sub-base de granulometria aberta, e com propriedades adicionais para
garantir a percolação da água para o sistema de drenagem. Um exemplo deste tipo de sub-base é
a
BGS (Brita graduada simples)
dentro da Faixa A especificada pelo DNIT 141, que apresenta as
características mecânicas para absorver os esforços nesta camada, e também apresenta granulo-
metria aberta o suficiente para garantir percolação de água.
2.3 - Tipos de Sub-bases
Pode-se dividir as sub-bases para pavimentos rígidos em dois grupos (
Pitta,
1998
): sub-bases
granuladas e sub-bases estabilizadas. A
figura
2.2
apresenta os tipos mais comuns de sub-bases
para pavimentos de concreto.
Há ainda outros tipos de sub-bases estabilizadas, como as que utilizam a cal, betume ou outras subs-
tâncias químicas, que, todavia, não serão objeto de análise neste trabalho, por não representarem
parcela significativa de utilização.
Sub-base Granular
Granulometria Fechada
Granulometria Aberta
Sub-base tratada com cimento
Solo-cimento
Brita graduada com cimento
Concreto Rolado
Figura
2.2:
Tipos Mais Comuns de Sub-bases para pavimentos de concreto
2.3.1 - Sub-bases Granulares
Na utilização de materiais granulares como sub-bases de pisos, existem alguns aspectos que devem
ser levados em consideração na fase de projeto para se obter um produto final de boa qualidade.
4 -
O presente caso, considera-se como material fino aquele que passa pela peneira 0,075mm (#200)
5 -
A bica corrida é um material resultante da britagem, sem que haja preocupações de classificação granulométrica.