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10.4 – Juntas
As juntas dos pisos industriais devem obedecer a pelo menos os seguintes requisitos, em relação
ao projeto:
- as barras de transferência devem ser posicionadas de modo que a variação do espaçamento
entre elas difira no máximo 25 mm;
- a tolerância no posicionamento das barras de transferência em relação ao plano médio da placa
de concreto, poderá ser de + ou - 7 mm;
- o alinhamento das juntas construtivas não deve variar mais do que 10 mm ao longo de 3 m;
- nas juntas serradas, a profundidade do corte não deve variar mais do que 5 mm com relação à
profundidade.
10.5 - Tolerâncias Superficiais
A superfície do piso é o local onde há maior rigor no controle da qualidade, pois é ela que vai refletir
os cuidados tomados durante a execução e, principalmente, definir o nível de desempenho, junta-
mente com a capacidade estrutural, do produto final.
A principal característica superficial é a planicidade, que define a quantidade de ondulações e outras
imperfeições superficiais. O seu valor está fortemente relacionado às operações de acabamento.
A planicidade era medida pela máxima luz (ou abertura) entre o piso e uma régua de 3 m, livre-
mente apoiada sobre ele.
De acordo com isso, classificava-se a planicidade como sendo:
Planicidade
mm
Convencional - desempenada-
sarrafeada
12
08
Plana
05
Muito Plana
03
Embora esse procedimento tenha sido empregado por mais de 50 anos, apresentava uma série de
deficiências, entre as quais se pode citar (
ACI,
1990
):
- dificuldade em ensaiar grandes áreas;
- dificuldade na amostragem aleatória do piso;
- não reprodutibilidade dos resultados;
- fracasso do método na determinação da planicidade de superfícies rugosas;
- o método não permite determinar o nivelamento da superfície.
Para contornar essas dificuldades, a
American
Society
for
Testing
and Materials
desenvolveu
um procedimento de medida das características da superfície (
ASTM, 1996
), que introduz o concei-
to do F-Number System, formado por dois valores distintos para medir o perfil do piso (
ACI,
1989
):