Tela
Soldada é destaque na nova unidade do laboratório
Aché
Projeto
é do arquiteto Ruy Ohtake
Uma
verdadeira obra de arte: assim está sendo a construção da nova unidade
industrial farmacêutica do Laboratório Aché, às margens da Rodovia
Dutra, em São Paulo.
O
projeto da obra ficou a cargo do renomado arquiteto Ruy Ohtake,
que também respondeu por todo o planejamento do sistema viário na
área interna do complexo de prédios do Laboratório Aché. A construção
da nova unidade, denominada Aché VI, e do galpão que está sendo
erguido ao lado (Aché VIII), totalizam 57.115m2 e completam o complexo
de construções do Laboratório, que já contava com as unidades Aché
I, II, III, IV, V e VII. As novas obras só foram possíveis porque
a empresa adquiriu o terreno ao lado da sede, que pertencia à Alcoa
Alumínios.
Rio
teve que ser desviado e canalizado
Para
viabilizar o início da construção, no final de 1996, a Construtora
Método, responsável pelas obras, teve que desviar o curso do Rio
Cubas, que dividia os terrenos, e canalizar 430m de extensão com
pré-moldados de concreto, utilizando telas soldadas. Foram necessários
5 mil m3 de concreto com 30 MPa, 520t de aço, mais de 25 mil m3
de escavação e cerca de 2.200 placas pré-moldadas de concreto. O
sistema utilizado teve como base uma laje piso convencional, foram
construídas canaletas, sobre elas colocaram-se placas pré-moldadas
e, por fim, uma tampa (pré-laje) coberta com uma capa, armada com
tela soldada e posteriormente concretada.
O
prédio da unidade Aché VI teve a construção iniciada em abril de
97 e será constituído de 3 pavimentos: um módulo central (frontal)
destinado a laboratório de controle de qualidade e vestiários; um
outro módulo central destinado a embalagem dos produtos; e 6 "fingers"
laterais com dois pavimentos cada (cinco destinados à produção de
sólidos, semi-sólidos e líquidos e um destinado a utilidades: transformadores,
centrais de ar condicionado e água quente).
O
piso industrial, as lajes do segundo pavimento e a cobertura dos
fingers e dos prédios centrais estão sendo feitos através do sistema
"steel deck". Antes de se optar por esse conceito construtivo, a
Método, em conjunto com o projetista da obra, eng. Aluísio DÁvila,
realizou um estudo aprofundado.
Agilidade
e lajes delgadas
Segundo
o eng. de produção da obra, Angel Ibañez, a rapidez de execução
e o fato de propiciar lajes leves e delgadas são fundamentais em
virtude das especificidades da construção da Aché. "Alguns dos prédios
terão que suportar grandes cargas, como um finger que abrigará produção
de líquidos, e deve receber sobrecarga de 2.500Kg/m2. Além disso,
os pavimentos terão pé direito de 7m com um forro estruturado de
cerca de metade da altura do pavimento, para passagem de dutos e
fiações (que possibilitará inclusive a circulação de pessoas), garantindo
assim as chamadas "salas limpas".
Por
conta dessas características, foram misturadas durante as obras
várias tecnologias construtivas. Os primeiros pavimentos e pilares
foram todos feitos com concreto pré-moldado. Já do segundo andar
até a cobertura as estruturas são moldadas in loco. Nas lajes, entretanto,
utilizaram-se os sistemas pré-moldado ou "steel deck". No Aché VI
foram utilizadas ao todo 80t de tela soldada EM-503 e todo o concreto
tem especificação de fck 30 MPa. A previsão é de que a unidade esteja
em pleno funcionamento em meados de 2001.
No
galpão da unidade Aché VIII também optou-se pelas telas soldadas
na armação dos cerca de 20 mil m2 de piso industrial. Foram utilizadas
1.793 peças de tela soldada EQ246 na armadura inferior positiva
e a mesma quantidade da tela EQ138 na armadura negativa. O concreto
utilizado nesta unidade tem especificação de 25 MPa. A expectativa
dos construtores é de que o galpão esteja pronto neste segundo semestre
do ano.
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