Telas soldadas
presentes em toda a obra, que será do tipo estaiada
O
turismo da cidade de Natal, uma das mais belas cidades litorâneas
do nordeste brasileiro, pode sofrer um grande incremento com
uma obra viária de grande porte. Trata-se da Ponte Forte-Redinha,
que está sendo executada sobre o Rio Potengi, criando
nova ligação entre os litorais sul e norte do Estado
do Rio Grande do Norte. A obra foi iniciada
em outubro de 2004 e está a cargo do Consórcio Queiroz
Galvão/Construbase.
Atualmente,
existe apenas uma travessia viária no Rio Potengi,
que divide Natal. É a
ponte rodo-ferroviária do Igapó, que permite acesso à BR-101,
em direção ao extremo nordeste do País, atravessando
um dos bairros mais populosos de Natal.
Esta ponte
já foi
duplicada, mas sua capacidade de tráfego está perto
do limite, justificando a construção da Ponte da
Redinha.
Estudos realizados pela Prefeitura de Natal indicam que a Ponte
da Redinha deverá absorver um tráfego da ordem
de 15 mil veículos por dia, além de facilitar
o acesso ao litoral norte do Estado, possibilitando uma nova
perspectiva de desenvolvimento econômico para o litoral
do Rio Grande do Norte, beneficiando os 16
municípios que integram o Pólo Costa das Dunas.
Somente
durante a construção, estima-se a geração
de cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos.
A nova ponte
terá 1,78 km de extensão e 21 m de largura,
com duas faixas duplas de tráfego, duas faixas de segurança,
e dois passeios compartilhados,
para pedestres e ciclistas. Os acessos se darão do lado
sul pela Av. Presidente Café Filho, próximo ao histórico
Forte dos Reis Magos, e ao norte pela Av. João Medeiros,
na Praia da Redinha.
Segundo o
eng. José Oscar Brun Filho, gerente de engenharia
do Consórcio, o projeto da ponte Forte-Redinha foi concebido
dentro das mais avançadas técnicas da engenharia
mundial. “A ponte terá um trecho estaiado de 448 m.
Quando estiver pronta, serão 26 vãos, igualmente
divididos pelas margens do rio Potengi, além de dois pilares
laterais de 53m. No trecho central, os pilares principais terão
uma altura de quase 100 m acima dos blocos de fundação
e gabarito de navegação com 184 m por 55 m acima
do nível máximo da maré, permitindo, assim,
a continuação da passagem dos navios que tem acesso
ao
porto de Natal pelo Rio Potengi”, explica.
As empresas
que constituem o Consórcio construtor possuem
uma larga experiência na engenharia civil e de obras de grande
porte e complexidade. No que diz respeito a pontes estaiadas de
tecnologia especial, a Queiroz Galvão construiu uma sobre
o rio Paranaíba, na divisa entre Minas Gerais e Mato Grosso,
e a Construbase construiu sobre o rio Guamá, no Pará,
uma ponte estaiada semelhante a que está sendo
erguida em Natal.
A estrutura
da Ponte Forte-Redinha está sendo construída
com vigas longarinas pré-fabricadas em concreto, pré-lajes
e lajes das áreas de passeio (pedestres e ciclovia) pré-moldadas
no canteiro de obras e o restante do tabuleiro em concreto
moldado in loco.
De acordo
com o eng. José Brun, as pré-lajes funcionam
como uma fôrma para o tabuleiro, e já compõem
a estrutura da laje do tabuleiro. Também estão previstas
lajes de continuidade, com o objetivo de dar apoio às vigas
longarinas e fazer a interligação
entre os diversos vãos da Ponte.
Pelos benefícios oferecidos, os construtores estão
utilizando telas soldadas na armação do concreto
das pré-lajes, tabuleiro, lajes de continuidade e passeios
da Ponte. As telas são dos tipos ET 636/122, ET 795/636,
ET 682/354, EL 636/49, ET 707/636, EL 1227/614, EL 246/92.
“
As telas soldadas oferecem agilidade na execução
da obra, otimização de mão-de-obra e uniformidade
em toda a armação. Também optamos pelas telas
por garantirem uma boa aderência entre as lajes e as vigas
longarinas pré-moldadas”, explica o eng. Brun. No
total, em toda a obra serão utilizadas
mais de 500 t de telas soldadas.
Por seu porte,
a obra da Ponte Forte-Redinha também gerou
a necessidade de intervenções da Prefeitura no trânsito
da cidade, com projetos para seus acessos e soluções
para o tráfego que deverá surgir com a conclusão
da obra. As mudanças envolvem a construção
de dois complexos viários, um na Redinha e outro na Praia
do Forte. Essas obras ainda não foram iniciadas e deverão
custar cerca de R$ 12 milhões.
De acordo
com o Consórcio responsável pela construção,
a obra da Ponte Forte-Redinha deve estar concluída no segundo
semestre de 2006.
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