Inovar
e se abrir para novas tecnologias sempre foi umas das preocupações
da Construtora Bracco em todos os seus empreendimentos. E isso
ficou claro mais uma vez no caso do Practical
Life Pensilvânia, sofisticado empreendimento em construção
na zona sul da capital paulista.
Isso
porque a Construtora se dispôs a realizar uma mudança
no projeto de armação, adotando outra solução,
mesmo depois de as obras já terem sido iniciadas. O
resultado não poderia ser melhor.
O
conceito Practical Life foi desenvolvido a partir de 1998 e compreende
edifícios residenciais inteligentes, que aliam conforto
e tecnologia. O Practical Life Pensilvânia tem área
de terreno de 2.849 m², com frente para três ruas.
A área construída compreende 21.284 m² em
uma única torre com 24 pavimentos tipo, com quatro
apartamentos por andar, totalizando
96 apartamentos (130 m² de área útil cada um,
com quatro dormitórios ou três suítes), e mais
duas coberturas penthouse.
O
projeto do empreendimento é da empresa Uniarq e o projeto
estrutural está a cargo da Monteiro Linardi. Inicialmente,
foram realizadas as paredes diafragma, único ponto onde
foram enfrentadas algumas dificuldades. “Esse trabalho
foi um pouco problemático porque era uma parede de 30
cm de espessura e 12 metros de profundidade sendo que nos primeiros
3 a 4 metros encontramos uma camada de solo muito ruim, sem
suporte, e que provocou algumas deformações no
topo da parede, durante a concretagem”, explica o eng.
da obra, Roberto Spinola do Amaral.
A
fundação foi realizada através de sapatas.Uma
delas, a sapata central (que atinge os três poços
de elevadores e a caixa de escada), de grandes proporções,
consumiu cerca de 200 m³ de concreto. De acordo com o
eng. Spinola, tendo em vista o volume de concreto empregado
nesta sapata, foi utilizado gelo no concreto, para não
gerar super aquecimento.
Todo
o concreto utilizado na obra (sapatas, pilares, vigas e lajes)
apresenta especificação de fck 30 MPa. As lajes
do pavimento tipo têm espessura variando de 12 a 14 cm,
e apresentam armação positiva e negativa em telas
soldadas, exceto nos negativos das varandas.
Aliás,
um dos diferenciais do Practical Life Pensilvânia está justamente
nas armações, onde houve a conversão do
projeto de armação, que inicialmente previa o
uso de vergalhão, para tela soldada. A mudança
ocorreu depois do início da obra, porque os construtores
se convenceram de que as telas poderiam oferecer um resultado
muito mais satisfatório em vários aspectos, principalmente
no que diz respeito à qualidade e agilidade de armação
das lajes,
o que foi fundamental nesse empreendimento, em virtude do rigoroso
cronograma de obras.
Esse
bom resultado pôde ser avaliado em números pelo
eng. Spinola, com a redução de até um
dia no ciclo de concretagem de cada laje. “Pelo ciclo
normal, com armação de vergalhão, levávamos
cerca de cinco dias. Trabalhávamos da seguinte forma:
1º dia, executando gastalhos e levantando pilares; 2º dia,
montagem de fôrmas; 3º dia, concretagem dos pilares;
4º dia, montagem das tubulações elétricas
e da armação; 5º dia, concretagem da laje.
Percebemos na prática que, com as telas soldadas era possível
reduzir esse ciclo em quase um dia,
chegando a concretar a laje no quarto dia à tarde”.
As
telas soldadas foram usadas a partir do segundo pavimento tipo
e a experiência foi onsiderada
amplamente satisfatória pela Construtora Bracco. “A
tela confere maior qualidade, é muito mais fácil
de aplicar, traz velocidade ao trabalho de armação.
Além disso, a qualidade é incomparável, você vê as
malhas retilíneas, perfeitas, ao contrário do que
acontecia com o vergalhão, e que, no caso da armação
negativa cedia a qualquer contato e não trazia, de maneira
alguma, a uniformidade que vemos hoje com a tela”, avalia
o eng. Roberto Spínola.
O engenheiro
ainda explica que outras vantagens da tela soldada é que ela chega na véspera da utilização
sendo estocada no canteiro e transportada por grua, imprescindível
para a utilização de telas, até o ponto onde
será montada a armação. E, apesar de terem
começado a construção executando armação
com vergalhão, também não houve qualquer problema
de adaptação tanto do projeto estrutural, quanto
dos trabalhadores à tela soldada.
Outro
fator importante é que as telas soldadas facilitam
sobremaneira a conferência. “Os armadores não
têm como esquecer alguma barra, as tela vem cortadas nas
medidas certas, devidamente identificadas, basta conferir os transpasses
de projeto e pronto. Eu acredito
que a partir de agora, a postura da Construtora será de
tentar viabilizar primeiro o uso das telas soldadas”, analisa
o engenheiro. O início das obras do Practical Life Pensilvânia se
deu em julho de 2005, com previsão de entrega em agosto
de 2007.
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