O bairro
da Moóca, em São Paulo, receberá brevemente
um mega-empreendimento residencial, o Edifício Maria
Antonia, projetado pela JNDS Construtora, em uma área
de 1.800 m2.
Trata-se de um edifício de alto padrão com 22 pavimentos,
dois subsolos e 4 apartamentos por andar, com área total
construída de 11 mil m2. Cada apartamento conta com 3
dormitórios e 1 suíte, totalizando 82 m2 de área útil.
Os dois subsolos, destinados a garagem, vão comportar
aproximadamente 180 vagas.
A contenção da obra foi executada por meio de solo
grampeado, que ofereceu ganhos em termos de produtividade e limpeza
do terreno. "Ao mesmo tempo que estou fazendo a contenção
também faço as paredes. Conseguimos atingir uma
altura de até 8 m", afirma o eng. Leonardo Araújo
dos Santos, diretor da JNDS Construtora.
O edifício está sendo erguido com a utilização
de diversas tecnologias construtivas, com lajes, pilares e vigas
em concreto armado. O concreto utilizado nos pilares apresentou
especificação de fck variando entre 40 Mpa (até o
sexto andar) e 30 MPa (nos demais andares).
Um ponto
interessante da obra é que as lajes foram executadas
no sistema de "mesas voadoras". São fôrmas
de madeira medindo cerca de 12 m2 e com os escoramentos já embutidos,
dando o formato de uma mesa. Em cima dessas fôrmas são
montadas as armaduras em tela soldada e concretadas as lajes.
Após a concretagem, a grua retira a fôrma
pela lateral e leva para o andar de cima, e assim sucessivamente
nos outros
andares.
Segundo
o engenheiro, a principal vantagem desse processo é que
os profissionais não precisam mais desformar a
laje inteira, organizar tudo, transportar para o andar
de cima e fazer toda
a montagem novamente.
Trata-se
de lajes totalmente planas, que possuem apenas vigas de borda,
daí a importância da utilização
de telas soldadas em sua execução. As lajes apresentam
espessura de 18 cm, com utilização de concreto
com especificação de fck de 30MPa, e armação
positiva em telas soldadas.
Segundo
o engenheiro a possibilidade de utilizar tela soldada na obra
surgiu por conta de um estudo desenvolvido
por
um dos fabricantes do produto associado do IBTS,
que atendeu as necessidades
do projeto e compro vou as vantagens da tecnologia. "Sempre
fui favorável à utilização de telas
soldadas, principalmente por ser um sistema bem prático".
As telas
utilizadas foram fabricadas em tamanhos especiais exatamente
de acordo com as necessidades
do empreendimento
(entre 6,00 e
6,70 m de comprimento e 2,00 a 2,20 m de largura),
acabando com o corte e trazendo melhor aproveitamento
de material
e economia.
Outro resultado
positivo alcançado na obra graças
a utilização das telas soldadas foi a diminuição
no tempo para liberação para concretagem de cada
laje.
"
Consegui reduzir em meio dia o ciclo da montagem das armaduras.
Valeu muito a pena porque, além da segurança proporcionada,
ganhei tempo e economizei em peso. Mas a maior vantagem, sem
dúvida, é a produtividade", atesta o eng.
Leonardo Araújo.
O volume
total de telas soldadas utilizadas no empreendimento alcança 41 t e o total de concreto dosado em central deve
atingir 4.500 m3. As paredes estão sendo executadas em
alvenaria com blocos. O acabamento externo será em argamassa
e cerâmica. A previsão dos construtores é que
as obras do edifício Maria Antonia sejam concluídas
em julho de 2005.