Muro de Penitenciária em concreto armado

Iniciativa comprova versatilidade das telas soldadas


Dentre as várias possibilidades de utilização das telas soldadas no segmento da construção, uma que chama a atenção diz respeito ao seu uso na posição vertical (execução de muros de concreto armado).

É exatamente o que está acontecendo na obra da penitenciária do município de Santa Luzia (MG). Ocupando um terreno de 40.000 m² , a unidade de segurança mínima terá área construída de aproximadamente 7.000 m² , com capacidade total para abrigar 200 sentenciados.

As fundações dos prédios foram executadas em estaca escavada mecanicamente e tubulão, e as paredes das celas estão sendo construídas em concreto armado.

De acordo com o projeto estrutural, desenvolvido pelo eng. José Carlos Nahim, da empresa Mohr Engenharia de Projetos, os muros externos e internos foram executados em concreto aparente e armadura dupla de telas soldadas. No setor de regime fechado, os muros têm altura de 5 m e na área de regime semi-aberto 3,8 m, executados com escoramentos e fôrmas do tipo painel, não havendo a necessidade de chapisco, reboco e pintura como num muro convencional.

Segundo o eng. Dilton José Pereira, chefe do Departamento Técnico da Construtora Visor, responsável pelas obras, as diferenças básicas de um muro de penitenciária estão relacionadas diretamente com a questão da segurança.
“ Os muros de segurança de uma penitenciária são executados com armação de aço com malhas obedecendo bitola e dimensionamento de segurança exigidas pelas secretarias de Defesa Social de cada Estado da Federação. Também são projetados em alguns casos, em concreto armado com espessura mínima de 20 cm, chapiscados, rebocados e pintados”, esclarece o engenheiro.

A opção pelas telas soldadas na armação dos muros da penitenciária de Santa Luzia se deve, segundo o eng. Dilton, por essa técnica construtiva oferecer maior velocidade e facilidade de execução, em comparação com o vergalhão, reduzindo a necessidade de mão-de-obra, além de oferecer uniformidade e diminuição drástica do desperdício de ferro, resultando numa melhor relação custo-benefício.

O concreto utilizado na execução dos muros é do tipo auto-adensável, com especificação de fck igual a 20 MPa, slump de 20 ± 3 cm e desforma para 12 horas.

Somando-se os muros dos dois sistemas prisionais, estão sendo gastos aproximadamente 110 t de telas soldadas.

 

 
 
     
 
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