Telas Soldadas contribuem para a solução da crise de energia

Empresa muda fabricação de tubos de concreto e obtém excelentes resultados

Enfrentar as dificuldades criadas com o racionamento de energia elétrica, a partir do segundo semestre de 2001, e encontrar alternativas para manter o funcionamento da empresa, sem reduzir a produção. Esse foi um dos grandes problemas vivenciados pela Fermix - indústria situada no município de Guarulhos, na Grande SãoPaulo, que produz peças pré-fabricadas de concreto simples e armado - com a finalidade de atender a demanda de obras públicas e privadas.

Um dos principais produtos da Fermix são os tubos de concreto com comprimento de 1,50 m, destinados à captação de águas pluviais. Logo que a empresa deu início a um programa visando reduzir os gastos com energia elétrica, foi verificado que havia um alto consumo de energia durante o processo de eletro-fusão, necessário para a fabricação das armaduras para os tubos de concreto.

Para viabilizar esse processo, era necessária a utilização de um número considerável de funcionários (em torno de 12) para realizar as soldas dos fios de aço da armadura, com a utilização de ponteadeiras elétricas com transformadores de 150 Kva. "Iniciamos, a partir daí, um trabalho de pesquisa técnica para se verificar a viabilidade de utilização de armaduras com telas soldadas, sistema já existente no mercado há bastante tempo e que ainda não havia sido experimentado no nosso processo produtivo. A análise dos custos e benefícios foi de fundamental importância para optarmos por experimentar a tela soldada", explica o eng. Alírio Brasil Gimenez, diretor da Fermix.

Tela mudou a linha de produção

Tomada a decisão, a empresa estabeleceu um período de três meses para que fossem desenvolvidos novos procedimentos, como treinamento da mão-de-obra, análise técnica dos resultados (através dos ensaios de laboratório, principalmente os de compressão diametral), do aumento ou não da produtividade e dos novos custos financeiros decorrentes desse processo.

Segundo o eng. Alírio Gimenez, logo no primeiro mês a diretoria teve uma grata surpresa com os resultados em termos de produtividade: "com metade dos funcionários utilizados no processo anterior, atingimos as mesmas metas, o que proporcionou uma economia considerável".

No segundo mês, a Fermix deu início aos ensaios dos primeiros tubos de concreto executados e constatou-se que havia a possibilidade de redução dos tipos de telas soldadas adotadas inicialmente, diminuindo as bitolas e, consequentemente, o peso dos tubos e os preços praticados.

Hoje, as telas soldadas já fazem parte da realidade da empresa. "Em decorrência de uma necessidade básica, graças às telas soldadas conseguimos desenvolver um processo alternativo para a utilização das armaduras empregadas nos tubos de concreto, com ganho de produtividade, economia de mão-de-obra e redução do consumo de energia elétrica a praticamente zero, atingindo os resultados técnicos exigidos nas normas", avalia o eng. Alírio Gimenez.

Após esta experiência, a Fermix fez contato com o IBTS como objetivo de estabelecer uma parceria técnica para o desenvolvimento de telas soldadas com 2,50m de comprimento, visando possibilitar sua utilização nos tubos de concreto armado destinados à captação de esgoto sanitário e efluentes industriais.

 

 
 
     
 
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