São
Paulo deve ganhar mais um "prédio inteligente"
nos próximos meses. Está em fase final de construção
a quinta torre do Complexo Gerencial do Banco Itaú, situado
no bairro do Jabaquara, ao lado da estação Conceição
do Metrô. As obras estão a cargo da Camargo Corrêa
e a entrega prevista para o próximo mês de setembro.
Trata-se
de um prédio totalmente informatizado, com o que há
de mais avançado em tecnologia de telecomunicação
e gerenciamento. Para viabilizar a instalação e manutenção
de toda essa infra-estrutura, os pavimentos do edifício serão
dotados de piso elevado, propiciando um espaço de 15cm entre
o piso e a laje. A obra da nova torre terá 25.000 m2 de área
construída, distribuídos em 14 pavimentos tipo, barrilete,
casa de máquina , caixa d'água e cobertura, mais três
pavimentos intermediários com pé-direito duplo. Além
disso, a torre contempla sete andares de subsolo reservados para
estacionamento e escritórios (35.000 m2).
A
construtora Camargo Corrêa foi contratada para erguer a torre
de 14 pavimentos e realizar a reforma dos sete subsolos, que, até
então, abrigavam escritórios e garagem. Posteriormente,
a empresa passou a responder também pela construção
da Central de Geração, que está situada ao
lado da estação do Metrô e atenderá as
cinco torres do complexo.
As
lajes do prédio - do tipo plana - têm 1.600 m2 e a
construção de cada pavimento tipo envolveu um volume
de concreto de 366 m2. "Concretamos cada pavimento de uma só
vez, em um único dia, com duas bombas, cuja tubulação
ficava localizada no poço do elevador. A particularidade
é que, devido às características da região,
a gente só podia executar a concretagem até as 22
hs, o que demandou um importante trabalho de logística, com
fluxo constante de caminhões", explica o engenheiro
de produção Fábio Leite de Moraes, responsável
pela torre e pela Central de Geração. A obra deverá
consumir cerca de 8.000 m3 de concreto, com resistência característica
de 30 MPa e adição de superplastificante.
Redução
de custos e de prazo
A
construtora optou pela utilização de telas soldadas
nas armações positiva e negativa das lajes planas
de todos os pavimentos tipo, que têm espessura de 12 cm. Segundo
o eng. Fábio Leite de Moraes, existem diversas razões
que levaram a empresa a optar pelas telas, como o aumento na produtividade
por armador, a possibilidade de utilizar menos equipamento e a redução
nos custos de mão-de-obra, além da vantagem de não
precisar destinar uma grande área no canteiro para estocagem
do material. Outros fatores que levaram a Camargo Corrêa a
se decidir pela utilização da tela soldada foram a
maior segurança oferecida pelo produto e a qualidade de execução,
devido à facilidade de conferência.
"Além
disso, apesar do custo inicial ser um pouco mais alto, em comparação
com a armação convencional (vergalhão), no
final a tela soldada acaba produzindo melhores resultados, tanto
em termos de preço, quanto em prazo de execução",
analisa o engenheiro.
Os números deixam claro o resultado da utilização
da tela soldada no processo de concretagem. De acordo com os construtores,
inicialmente, o ciclo de concretagem de cada pavimento compreendia
nove dias. Com a tela, esse tempo foi reduzido em um dia, o que
acabou tendo um efeito significativo no cômputo geral da obra.
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