Condomínio usa lajes maciças pré-fabricadas

"As telas soldadas propiciaram como resultado confiabilidade maior, eliminando qualquer chance de erro com as armações..."

Em processo de construção no bairro do Butantã, na zona oeste da cidade de São Paulo, o Condomínio Edifício Reserva São Francisco traz como um de seus principais diferenciais a utilização de alvenaria autoportante e lajes maciças pré-fabricadas armadas com telas soldadas.

O empreendimento está sendo construído numa área total de 26.000m2. A primeira fase das obras está ocupando cerca de 9.000m2 do terreno, abrangendo cinco edifícios (com oito andares e 32 apartamentos cada), além de uma inovação - um bloco específico para centralizar toda a estrutura de lazer e garagens, com quatro subsolos. "Ao contrário do que normalmente acontece, quando cada prédio tem seu salão de festas e quadra de esportes, a idéia é realmente isolar esses serviços dos blocos de apartamentos, até por uma questão de tranqüilidade e conforto para os condôminos", explica o diretor da obra eng. José Rezende Neto.
A construção está a cargo da Halna Comércio e Empreendimentos Ltda., com previsão de entrega da primeira fase das obras no final deste ano.

Seguindo a tendência de industrialização da construção adotado nesse empreendimento privilegia a utilização de peças pré-moldadas. Essa tecnologia é utilizada nas lajes maciças, escadarias, vergas de janelas e sacadas. As peças são produzidas no próprio canteiro de obras, em virtude das vantagens em termos de custo e pelo fato de terem características diferentes dos formatos padrão, oferecidos pelas empresas do setor.

De acordo com os engenheiros responsáveis pela obra, essa opção traz diversas vantagens. Para o eng. Rezende, a construção com pré-moldados propicia racionalidade, velocidade de execução e produto final mais bem acabado . "Em função das paredes estruturais serem rigorosamente aprumadas e niveladas, o revestimento fica facilitado. Numa obra convencional você tem que colocar massa para regularizar a parede, depois aplicar a massa fina para, enfim vir a massa corrida.

Aqui nós já aplicamos gesso diretamente sobre os blocos", explica. Outro benefício proporcionado é que a perda do material é praticamente eliminada.

Projeto transformado para telas soldadas

O projeto inicial previa que as lajes maciças pré-fabricadas fossem armadas de forma convencional. Segundo o eng. José Miguel Marçal Júnio, gerente da obra, "foi feito um estudo criterioso com apoio da empresa que produz as telas soldadas, mostrando resultados favoráveis e viabilizando o uso desse produto em todo o projeto".

Para os engenheiros, as principais vantagens oferecidas pelas telas soldadas, nesse caso, são a racionalização, menor consumo de aço, uniformidade nas dimensões das telas e, principalmente, a possibilidade de se contar com um processo industrial adaptado aos formatos e necessidades específicas da obra.

"A telas soldadas propiciam como resultado confiabilidade maior, eliminando qualquer chance de erro com as armações, velocidade de execução, padronização de acabamento, redução de mão-de-obra, possibilitando, portanto, que em menos de duas horas se consiga armar lajes de meio andar de cada edifício", analisa o eng. Marçal.

Na obra do Condomínio Edifício Reserva São Francisco foram utilizadas cerca de 130t de telas soldadas, em armaduras positivas e negativa, para lajes maciças com 10cm de espessura.

Os resultados alcançados com a transformação do projeto para armação com telas soldadas foram tão significativos que a construtora pretende solicitar estudos para verificar a viabilidade de utilização das telas também nas lajes de transição dos edifícios que serão construídos na Segunda etapa do empreendimento.
As fundações de todos os prédios foram executadas com estacas de concreto cravadas. O andar térreo dos edifícios foi construída de forma convencional, com laje fundida no local, com pilares. Segundo o eng. Marçal, essa decisão foi tomada em função da necessidade de se criar grandes vãos livres no andar térreo e nos subsolos.

Os blocos utilizados na obra são de concreto com resistência de 8MPa nos três primeiros andares e 6MPa nos andares restantes. A previsão dos construtores é de utilizar aproximadamente 4.000m3 de concreto, com 20MPa e 40MPA (utilizado nas lajes de maiores dimensões).

 

 
 
     
 
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