A
eficiência no uso de energia (até mesmo com
geração própria e aproveitamento de água
da chuva) e no design ambiental, além de compromisso
com a responsabilidade social, são as principais características
que
dão nome à sigla LEED, que é uma certificação
para edifícios considerados sustentáveis, concedida
pelo
Conselho de Greenbuilding ("Construção Verde"),
nos Estados Unidos. A Construtora Gafisa seguiu as
regras da cartilha norte-americana no canteiro de obras, na
expectativa de conquistar para o Eldorado Business Tower esse
certificado.
Situado
numa área de 10.379 m², em parte
do terreno do Shopping Eldorado, um dos mais tradicionais
de São Paulo, na zona oeste da cidade, o novo edifício
terá 141 m de altura e 35 pavimentos. A área
de garagens ocupará quatro níveis inferiores
e três superiores, proporcionando espaço para
1.815
vagas. A área construída totaliza 128.645 m².
O projeto de estruturas está a cargo do escritório
França e Associados.
O
sistema construtivo utilizado no Eldorado Business Tower prevê pilares
e pré-vigas
em concreto convencional, com especificação de
fck 45 MPa,
com lajes maciças, com 20 cm de espessura, protendidas
nos dois sentidos. De acordo com a eng. Fernanda Moraes
Alves Marmo, coordenadora da obra, a opção
por esse tipo de laje se deve a necessidade de redução
da quantidade de pilares, aumentando os vãos
livres nos pavimentos. "Teremos aproximadamente 11,5 m
de vão livre em relação ao núcleo
e 46,5 m de
perímetro com vão livre (periferia)", explica.
Para
aumentar a eficiência e dar conta da sobrecarga
a que essas lajes estarão sujeitas, de até 500
kgf/m², em toda a laje, e 1.000 kgf/m², em áreas
específicas,
a Construtora está utilizando telas soldadas
nas armaduras positivas das lajes a partir do 23º pavimento.
Segundo
a engenheira, a utilização das telas
traz uma série de vantagens no canteiro de obras
em
comparação com as armações com
vergalhão, com destaque para a praticidade,
que gera ganho de produção,
além da redução do número de armadores
na equipe e maior organização e limpeza
nas fases de
armação e concretagem.
Fernanda
Marmo esclarece que, tendo em vista as características
do edifício, "foram utilizados diversos
tipos de tela soldada, quase todos com cortes especiais
para facilitar o armazenamento e agilizar
o processo de montagem. Todos os panos vieram recortados
no tamanho exato que necessitávamos,
o que facilita bastante a montagem".
Outro destaque do emprendimento será a fachada, feita
de caixilhos de última geração,
com tecnologia alemã (semelhante ao sistema
Schuco, utilizado no Centro Tecnológico da
McLaren, em Woking, Grã-Bretanha), solução
especialmente encomendada para o Eldorado Business
Tower.
Chamado
de sistema unitizado, reúne
vidros importados da Holanda e Bélgica,
que diminuem a
incidência de calor dentro do conjunto, mantendo a luminosidade.
Iniciadas há três anos, as obras do Eldorado Business
Tower devem consumir cerca de 37.000 m³
de concreto.
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