A área
em reforma é composta pela Plataforma Central da Rodoviária
(localizada sobre o cruzamento entre os Eixos Monumental e
Rodoviário) e pela Praça Norte (entre o Conjunto
Nacional e o Teatro Nacional), atingindo pistas de rolamento, estacionamentos
e passeios.
Os
principais serviços são: remoção dos
pavimentos existentes, recuperação estrutural do concreto
(tratamento de fissuras, bicheiras e brocas; reparos das juntas de
dilatação; dentre outros), restauração
do sistema de drenagem, execução do sistema de impermeabilização
(execução de camada de regularização,
aplicação de manta asfáltica, etc), execução
de pavimentação e passeios.
De
acordo com o eng. Edalmo Soares Ferreira, coordenador da Soltec
Engenharia, empresa responsável pelas obras, a reforma foi
necessária pela deterioração das estruturas,
causada pelo efeito das intempéries e das solicitações
de tráfego, que resultaram na falta de estanqueidade do
sistema.
No
caso do pavimento, a composição original era formada
por estrutura de concreto, sobre a qual foi feita uma impermeabilização,
depois uma camada amortecedora para proteger essa impermeabilização,
e, por cima, o piso asfáltico, que, com o tempo, começou
a apresentar imperfeições e trincas.
O
engenheiro explica que, inicialmente, o projeto de reforma
previa a simples troca do pavimento asfáltico na região das
estruturas de concreto, ou seja, nos estacionamentos,
nas pistas de rolamento e nas pistas transversais. "Ao executarmos
os serviços de reforma em um dos estacionamentos, verificamos
que o pavimento asfáltico deslizava sobre a camada amortecedora
e de transição (geotextil de poliéster de filamentos
contínuos impregnado
com emulsão asfáltica catiônica), implicando
na fissuração da camada asfáltica", comenta.
Tal fato se repetia na região das juntas de dilatação
devido às deformações do concreto face às
variações térmicas.
Após as análises de vários especialistas, constatou-se
que o pavimento asfáltico mostrava-se totalmente inadequado,
face ao projeto de impermeabilização utilizado, desenvolvendo-se
então um projeto de pavimento de concreto em substituição
ao projeto existente.
O concreto dosado em central utilizado no pavimento apresenta a
seguinte especificação: fck
30 MPa com espessura de 13 cm, composto de brita 1, com adição
de aditivo plastificante retardador do tempo de pega e incorporador
de ar na dosagem de 5%, armadura positiva e negativa em telas soldadas
(dos tipos Q 92 e Q 283), com juntas devidamente protegidas, formando
quadrados de 5,0 m x 6,0 m, e acabamento de superfícies utilizando-se
vassoura de piaçava.
Segundo
o eng. Edalmo, a utilização da tecnologia das
telas soldadas para armação do pavimento
de concreto é fundamental
para se atingir o grau de eficiência que uma
obra desse tipo necessita. "Ao contrário
da armação com
vergalhões, a armadura com telas permite trabalhar
com número
menor de operários e obter maior rendimento
na preparação
dos panos de laje a concretar. Resumindo, com a utilização
das telas soldadas, podemos agilizar a execução
dos serviços, visando redução
de prazos inicialmente estabelecidos, sem comprometer
a qualidade do trabalho".
No
cálculo dos
construtores, durante a obra de reforma estrutural
da Rodoviária de Brasília serão
utilizados mais de 3.000 m³ de
concreto e cerca de 190 t de telas soldadas. Participam
da equipe técnica da Soltec Engenharia lotada
na obra de Reforma Estrutural da Estação
Rodoviária de Brasília,
além do eng. Edalmo, o eng. residente, Paulo
Henrique Jardim Thees, e o eng. de planejamento, Luciano
Carlos dos Santos.
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