Reforma da Rodoviária de Brasília privilegia pavimento de concreto armado

A Estação Rodoviária de Brasília está passando por amplo processo de reforma. As obras foram iniciadas em setembro de 2005 e estão adiantadas, mas a conclusão ainda depende de investimentos por parte do governo do Distrito Federal.

A área em reforma é composta pela Plataforma Central da Rodoviária (localizada sobre o cruzamento entre os Eixos Monumental e Rodoviário) e pela Praça Norte (entre o Conjunto
Nacional e o Teatro Nacional), atingindo pistas de rolamento, estacionamentos e passeios.

Os principais serviços são: remoção dos pavimentos existentes, recuperação estrutural do concreto (tratamento de fissuras, bicheiras e brocas; reparos das juntas de dilatação; dentre outros), restauração do sistema de drenagem, execução do sistema de impermeabilização (execução de camada de regularização, aplicação de manta asfáltica, etc), execução de pavimentação e passeios.

De acordo com o eng. Edalmo Soares Ferreira, coordenador da Soltec Engenharia, empresa responsável pelas obras, a reforma foi necessária pela deterioração das estruturas, causada pelo efeito das intempéries e das solicitações de tráfego, que resultaram na falta de estanqueidade do sistema.

No caso do pavimento, a composição original era formada por estrutura de concreto, sobre a qual foi feita uma impermeabilização, depois uma camada amortecedora para proteger essa impermeabilização, e, por cima, o piso asfáltico, que, com o tempo, começou a apresentar imperfeições e trincas.

O engenheiro explica que, inicialmente, o projeto de reforma previa a simples troca do pavimento asfáltico na região das estruturas de concreto, ou seja, nos estacionamentos,
nas pistas de rolamento e nas pistas transversais. "Ao executarmos os serviços de reforma em um dos estacionamentos, verificamos que o pavimento asfáltico deslizava sobre a camada amortecedora e de transição (geotextil de poliéster de filamentos contínuos impregnado
com emulsão asfáltica catiônica), implicando na fissuração da camada asfáltica", comenta. Tal fato se repetia na região das juntas de dilatação devido às deformações do concreto face às variações térmicas.

Após as análises de vários especialistas, constatou-se que o pavimento asfáltico mostrava-se totalmente inadequado, face ao projeto de impermeabilização utilizado, desenvolvendo-se então um projeto de pavimento de concreto em substituição ao projeto existente.

O concreto dosado em central utilizado no pavimento apresenta a seguinte especificação: fck 30 MPa com espessura de 13 cm, composto de brita 1, com adição de aditivo plastificante retardador do tempo de pega e incorporador de ar na dosagem de 5%, armadura positiva e negativa em telas soldadas (dos tipos Q 92 e Q 283), com juntas devidamente protegidas, formando quadrados de 5,0 m x 6,0 m, e acabamento de superfícies utilizando-se vassoura de piaçava.

Segundo o eng. Edalmo, a utilização da tecnologia das telas soldadas para armação do pavimento de concreto é fundamental para se atingir o grau de eficiência que uma obra desse tipo necessita. "Ao contrário da armação com vergalhões, a armadura com telas permite trabalhar com número menor de operários e obter maior rendimento na preparação dos panos de laje a concretar. Resumindo, com a utilização das telas soldadas, podemos agilizar a execução dos serviços, visando redução de prazos inicialmente estabelecidos, sem comprometer a qualidade do trabalho".

No cálculo dos construtores, durante a obra de reforma estrutural da Rodoviária de Brasília serão utilizados mais de 3.000 de concreto e cerca de 190 t de telas soldadas. Participam da equipe técnica da Soltec Engenharia lotada na obra de Reforma Estrutural da Estação Rodoviária de Brasília, além do eng. Edalmo, o eng. residente, Paulo Henrique Jardim Thees, e o eng. de planejamento, Luciano Carlos dos Santos.

 

 
 
     
 
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