Um
dos mais sofisticados empreendimentos da região serrana
do Rio de Janeiro, o condomínio Granja Brasil, situado
no município de Itaipava, entra na segunda fase de execução.
Voltado para o público de alta renda, e concebido dentro
do conceito de morar e de viver integrado ecológica e
estruturalmente ao município, que é considerado
o 3o melhor clima do mundo, o condomínio Granja Brasil
prevê uma área construída total de 152 mil
m2, num terreno de 414 mil m2, dos quais pouco menos da metade
compreendem reserva florestal.
O projeto arquitetônico é assinado pelo Escritório
de Arquitetura Edison Musa e a construção está a
cargo da Bauhaus Engenharia.
Na
primeira etapa das obras, realizada entre 2000 e 2004, foram
construídos oito edifícios
(um comercial e sete residenciais), compreendendo um total de
43 mil m2 de área
construída.
Já na fase atual, iniciada neste ano de 2005, está prevista
a construção de sete casas, que fazem parte de
um condomínio horizontal dentro do Granja Brasil, e
dois prédios de sete pavimentos, um com apartamentos
de 2 e 3 dormitórios, e outro com apartamentos de 4
dormitórios.
Este último tem como grande diferencial o fato de que
o cliente pode optar por diversos tipos de plantas arquitetônicas.
Também
estão sendo construídos um shopping
center (que abrigará 73 lojas, supermercado, 3 cinemas
e um hotel da rede Mercure) e um resort, totalizando nesta
segunda fase das obras 57.000 m2 de área construída.
Um
dos destaques do empreendimento é que cada área
(prédios, hotel, resort, casas), além da infra-estrutura
comum do condomínio, possui paralelamente uma infra-estrutura
de esporte e lazer totalmente autônoma e privativa.
Segundo o arq. José Luis Leduc, responsável pela
obra, a idéia dos construtores é utilizar
o melhor em termos de tecnologias construtivas, justamente
para se tornar
uma referência e um diferencial para um perfil de
consumidor cada vez mais crítico e exigente.
Prova
disso é que, na primeira fase das obras, a especificação
de cálculo previa a utilização de
vergalhão
no concreto armado. Posteriormente, pensando em termos
de qualidade e custos, houve uma conversão no projeto
para a utilização
de telas soldadas no lugar dos vergalhões.
"
Depois que fizemos a primeira experiência em 2000, não
deixamos mais de utilizar as telas sol dadas até hoje.
Elas nos oferecem agilidade, diminuição
dos gastos com mão-de-obra, com a otimização
desses recursos humanos", avalia o arquiteto.
Leduc
deixa claro que o uso das telas não significa
diminuição
do número de trabalhadores: "aqui, como temos
toda a parte da infra-estrutura do próprio condomínio,
que compreende cerca de 10 mil m2 de área de esporte
e lazer, com piscinas, restaurantes, quadras de tênis,
essa mão-de-obra que porventura foi economizada
no transporte de aço pode ser facilmente realocada
para essas outras áreas".
As telas soldadas estão sendo utilizadas nas armaduras
positivas e negativas das lajes maciças dos
diversos edifícios.
Essas lajes apresentam espessura média de 10
cm, concretadas in loco com concreto bombeado.
Para
potencializar os resultados, os construtores estão
posicionando as telas com espaçadores treliçados. "Trata-se
de um complemento da tecnologia, que entra como um
facilitador e um elemento que dá garantias
maiores à qualidade
das telas soldadas, nos proporcionando segurança
extra para que alcancemos os resultados pretendidos".
O
fechamento das paredes externas dos prédios é de
alvenaria convencional, revestida com emboço
e com acabamento texturizado. Internamente, as
paredees são executadas
no sistema dry wall.
O
concreto utilizado em todo o empreendimento apresenta especificação
de fck de 20 MPa.
Um dos reflexos positivos do empreendimento é que, graças
ao Granja Brasil, a região de Itaipava,
distrito do município
de Petrópolis conhecido como um centro
gastronômico
de alta classe, está passando por um processo
de desenvolvimento em termos viários e
de sistema de transporte público.
A
segunda fase das obras do condomínio Granja Brasil
deve estar concluída no final de 2006.